quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Sobre tapeteiros


Gosto de uma frase cunhada pelo amigo e professor Ítalo Meneghetti, coordenador do curso de Letras da FIRP/UNIESP: tapeteiros. Ou seja, aqueles que se utilizam do velho expediente de puxar o tapete, quando a situação lhes parecer (ou for) oportuna. Parece a você algo familiar? Pois é. Onde houver ser humano incapaz, haverá o tapeteiro pronto a exercer sua ação, não importando se no currículo da pessoa aparecem realizações de vulto ou projetos executados. Aliás, deve ser por isso que o tapeteiro, apadrinhado ou inebriado por um poder fugaz, age de modo que o cara se ache, no dizer de uma aluna, “a última bolacha do pacote”. Lamentável.

Os tapeteiros são seres da sombra, porque têm medo daqueles que brilham com sua própria luz, à razão de seus méritos, nunca à custa de favores ou chantagens ou sabe-se lá qual a forma de barganha. Por isso a intenção deles de apagar a luz de quem brilha. São seres raivosos, cuja atitude encontra semelhança àquela de pessoas sem escrúpulos, maldosas por natureza, maldosas por essência. São pessoas más, espíritos maus.

Pior quando os tapeteiros convivem com a pessoa no mesmo ambiente de trabalho, caso estes não tenham conseguido a demissão do perseguido. Agem como se não tivesse acontecido nada, como se não tivessem prejudicado a pessoa por sua ação, movida a ódio, a ressentimento, a inveja. São pessoas sem caráter.

Um funcionário que trabalha numa prefeitura da região, que foi alvo dos tapeteiros, nos deu este testemunho: “O desvio de caráter e a falta de critério trazem como resultado essa verdadeira guerra instalada na qual o servidor briga por cargo mesmo que aquele o qual vai atingir seja ‘seu colega ou amigo’”.

Triste constatação. E esse cenário se apresenta com mais frequência do que se imagina. Quer estejamos no mundo acadêmico, em que títulos de mestre e doutor não escondem o caráter infame dos seus portadores, quer estejamos no funcionalismo público, em que os tapeteiros se revelam a cada mudança de gestão, quem padece é a vítima dessas pessoas, que merecem, no mínimo, nosso irrestrito desprezo.

Por: Sérgio Simka

http://www.reporterdiario.com.br/BlogsParceiros/portugues-e-divertido/384636/sobre-tapeteiros/





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