sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Dúvida


Na dúvida...
Melhor nada resolver,
Mais prudente deixar pra depois,
Na dúvida,
Melhor não responder,
Adiar,
Assim protelo ao máximo a provável existência do desgosto,
Na dúvida,
Melhor nem dizer,
Esperar tudo se esclarecer,
Na dúvida adormeço,
Na dúvida amanheço,
Maldita dúvida,
Por culpa dela nem me conheço...
Na dúvida melhor não sorrir,
Não comemorar,
Não viver,
Nem morrer,
Na dúvida simplesmente não existo...

Adriana Thomaz
(2. semestre de Letras da FIRP)

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Laços


Há traços no amor;
São laços que nos surpreendem;
Laços que nos encantam pela simples leveza de ser...
Laços!
Escrever o amor é minha meta.
Um enlace perfeito entre mim e o amor...
Uma forma de trazê-lo para perto de mim;
De não apagá-lo nunca da minha memória;
De fazê-lo sempre presente apesar de...
E ser feliz com ele;
Sem questionar, sem duvidar.
Senti-lo apenas é sem dúvida a minha melhor parte!
Para eu amar é preciso amar o amor...
E para isto, eu preciso reescrevê-lo todos os dias;
Reinventá-lo pra mim como se fosse a primeira vez...
Metade do meu amor sou eu;
Metade dele é você.
E dentro desta fração, em fração de segundos o amor me faz ser inteira.
Sou inteirinha sua.
Ana Soares

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Sobre escrita e leitores


Confesso que eu não gostava de ler. Isso mesmo. Na graduação em Letras, eu lia os livros mais por obrigação do que por gosto. No entanto, Lia Machado de Assis, com satisfação, porque tive um professor de Literatura inesquecível (a última vez que o encontrei foi num congresso na USP, em que soube que ele estava lecionando na Universidade Federal de Minas Gerais), que era machadiano.

No ensino médio, nem pensar. Lia porque era obrigado, fiquei até “de recuperação” por não ter lido um determinado livro. Mas passei, pois minha namorada na época, que havia lido o livro, me contou toda a história. E eu não li o livro. Como diz meu papai, bonito, né?

Mas eu gostava de escrever. Gostava até mais do que hoje. Quase um ato compulsivo, de quem precisa daquilo pra sobreviver. Acho que foi na década de 90. Escrevia toda semana num jornal de Mauá. E a compulsão era tanta que cheguei a pagar as minhas matérias durante certo tempo. Acho que pagava duas matérias e as outras duas eram publicadas de comum acordo, ou seja, minha crônica era publicada toda santa semana, durante um mês seguido.

Só depois, após concluir minha pós-graduação, é que tomei jeito. Ou melhor, comecei a “tirar o atraso” (eta expressãozinha feia) e comecei a ler compulsivamente. Alucinadamente. E como não bastasse, comecei a gastar uma soma vultosa (e, pelo amor, não é “vultuosa”, como os vulgos acham) em livros.

Comecei a comprar tanto livro que tive de colocá-los no meu escritório do andar superior do meu sobrado básico. Como as prateleiras cederam com o peso dos livros, estes ficam no chão mesmo. E o Elvis está proibido de entrar lá, pois já flagrei o animal de pelo a levantar a perna pro Nietzche.

De modo que hoje a leitura pra mim é um prazer, uma necessidade, uma vida paralela. Não vejo a hora de a noite chegar para continuar a ler os meus livros. Estou redescobrindo O Meu Pé de Laranja Lima, de José Mauro de Vasconcelos. Aliás, vai outra confissão: acho que estou lendo-o pela primeira vez. Como na história, Zezé, com o seu pé de laranja lima, e eu, com a leitura, encontramos um motivo para sermos felizes.

Sérgio Simka, professor da FIRP-UNIESP, e coordenador do Núcleo de Escritores.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Despertar



Os meses de dezembro e janeiro sempre foram pra mim especiais...
Um encontro do fim e o recomeço.
Dezembro é o mês de férias, festividades, família...
É um mês doce com gosto de nostalgia!
É a lembrança do passado, somada à esperança do futuro...
É o lamento do sonho não realizado e a geração de novos sonhos: lindos, limpos e imunes a obstáculos que ainda nem existem.
Janeiro: Ano-novo ou Réveillon, celebra-se o fim de um ano e o começo do próximo.
Réveillon, termo oriundo do verbo francês réveiller, que significa "despertar"...
Mais um ano está chegando ao fim...
Mais um balanço eu faço de tudo que vi, ouvi e vivi!
Lembranças eu deixei, outras me deixaram.
Alguns sonhos eu quis vivê-los e vivi...
Algumas lágrimas escorreram, muitos sorrisos ecoaram.
Conservei alguns amigos, descartei outros, por descobrir não sê-los de verdade...
Levo comigo só o que for fazer valer, e assim, sigo em paz, com toda minha bagagem .
Hoje é só isto que me cabe: mais leveza pro meu mundo novo!
Me despeço de 2012 como quem se despede de mim mesma para me moldar ao novo!
O que eu quero?
- Lavar a alma .
Quero mesmo é re(nascer)!
Por Ana Soares

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Temporal


Não consigo respirar
Tento chegar à superfície, mas meus olhos estão fechados
Grito seu nome, e tudo que ouço é o silêncio dentro de mim.
Tento me segurar nas pedras, mas não posso.
Preciso dos seus braços envolvendo meu corpo
Preciso saber que estará aqui
Ouvir sua voz me dizendo que tudo vai ficar bem
A água congela, toma meu corpo e não consigo me mover
Estou afundando lentamente
Sei  que já cheguei ao fim
Sinto a vida escapando nas bolhas de oxigênio
Então me lembro do seu sorriso e de como costumava ser
E sei que tudo vai ficar bem
Mesmo que eu não esteja mais aqui.
Já posso sentir meu corpo se esvaindo
E chegando suavemente ao fundo
Não existem mais possibilidades
Só as imagens que ainda se retorcem dentro da minha cabeça
Vejo seu rosto em um rápido lance
O meu corpo se move como se estivesse me  carregando
Sinto o ar voltando para os pulmões encharcados
Sinto o toque suave de suas mãos em meu rosto
Mas em segundos as nuvens cobrem meu céu
Não posso mais senti-lo, e não mais poderei.

Lais Hidalgo
2. semestre de História - FIRP-UNIESP

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

MANHÃ LITERÁRIA




DIA 24 DE NOVEMBRO – 10H00 – MANHÃ LITERÁRIA

A Biblioteca Municipal Paul Harris, a Academia Popular de Letras e o Núcleo de Escritores das Faculdades Integradas de Ribeirão Pires (FIRP - UNIESP) convidam para uma manhã literária, na qual vários escritores estarão lançando e autografando seus livros, atendendo seus leitores, autores da região e apreciadores da literatura.

Dentre os escritores, estarão presentes os profs. Sérgio Simka, Sérgio Néris do Nascimento e Vânia Maria Cretucci (professores da FIRP), Alessandra Simões dos Santos e Keli Braz (ex-alunas da FIRP), a profa. Danielle Guglieri Lima (Faculdade Strong), Silene de Carvalho da Silva, o jornalista Aurimar Ferreira e Alcidéa Miguel de Souza.

Ana Maria Guimarães Rocha coordena mais um evento que oferece intelectualidade e incentivo à leitura: “Nosso maior objetivo é divulgar a produção literária dos escritores, incentivar novos talentos, estimulando a leitura, colocando à disposição da comunidade os mais variados assuntos, enriquecido por estilos diversos, propiciando um bate-papo entre autores, educadores, estudantes e público em geral, consolidando a literatura no desenvolvimento das pessoas, e disponibilizando aos munícipes livros para todos os gostos, sugerindo que estes se transformem em presentes no próximo Natal”.

Local: Biblioteca Municipal Paul Harris
End: Av. Dr. Augusto de Toledo, 255 (esquina c/ Av Goiás), S. Caetano do Sul
Dia: 24 de novembro (sábado) 10h00
Entrada franca
Escritores, amantes da literatura – público leitor

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Quando eu partir...


 Quando eu partir, que seja num dia ensolarado!
     Que somente as pessoas que amo e me amam, estejam ao meu lado!
     Que somente chore, quem sentir o coração realmente apertado!
     Nunca gostei de hipocrisia, portanto, os hipócritas estão dispensados.
     Que lembrem de mim com afeto!
     Economizem nas flores...
     Mas não nas orações!!!
     Aproveite nossa despedida e reflitam mais sobre a vida!
     Usem bem o seu tempo...
     Não desperdicem sua história,
     Fazendo dela um mero passatempo.
     Acreditem, vamos nos ver novamente!
     Espero que demore bastante!
     Mas lembrarei de vocês a todo instante!

Roberta de Paula Negocio

4º semestre de Pedagogia -  FIRP

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Suas encantadoras manias


Suas manias
Seu jeito de me olhar
Sua forma de sorrir
Seu jeito de andar
São coisas que me fazem respirar

A forma com que inclina o olhar
E coloca o cabelo atrás da orelha
Quando está envergonhada.
O jeito com que mordisca os lábios
Quando está nervosa.
Suas manias e seus trejeitos
Conheço cada um deles
E amo-os!
Amo até mesmo sua forma
De brigar comigo
Sua mania de me provocar
Seu jeito de me cativar.
Sou apaixonado
Por cada uma de suas manias
E até mesmo por cada um de seus defeitos!
Suas manias e defeitos
Fazem de você uma essa pessoa
Encantadora
Que me encanta mais a cada dia!


 
                                      Fabrício Vanderlei Martine
                                                Segundo Semestre de Letras - FIRP


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Você já sorriu hoje?


      É preciso ficarmos atentos, para que nossas tristezas e frustrações não tornem nossos corações insensíveis.
     Eu tenho me deparado com algumas pessoas que perderam a capacidade de sorrir... É como se sorrindo, estivessem “baixando a guarda”, como se sorrindo, se tornassem vulneráveis. Assim sendo, melhor fechar-se, esconder-se atrás de uma fisionomia sisuda, pensando que assim, estará imune ao “outro”, ou ao mal que o “outro” poderá causar-lhe.
     Ou será que sorrindo, passaria a falsa impressão de “pessoa fácil”?
     Ou ainda, talvez, a pessoa não enxergue motivos para sorrir, por acreditar que nasceu para ser infeliz... E assim o é, de corpo e alma.
     Mas, felizmente, a grande maioria das pessoas sorri. Sorri com os lábios, sorri com a alma.
     E acredito que não há nada que aproxime mais as pessoas do que um sorriso verdadeiro. É a partir dele que percebemos a receptividade do outro. Percebemos a reciprocidade de afeto.
     Um sorriso, quando sincero, pode traduzir o que temos de melhor, e, muitas vezes, não conseguimos externar através das palavras.
     Ainda que, por dentro eu esteja despedaçada, jamais deixarei de ofertar meu sorriso!
      “O sorriso enriquece os recebedores sem empobrecer os doadores.” Mário Quintana. 

Roberta de Paula Negocio

4º semestre de Pedagogia -  FIRP

domingo, 11 de novembro de 2012

Palavras e sonhos


Fechada pra balanço,
Reavaliando sentimentos,
Procurando ser justa comigo mesma, 
Arrumando a minha desordem,
Colocando as coisas nos devidos lugares,
E cada pessoa no lugar que merece...
Priorizar pessoas que me priorizam,
É agora, neste instante, 
A minha meta!
De agora em diante,
Cada pessoa terá a importância que lhe cabe,
Nenhum cuidado, nenhum afeto, será desperdiçado em vão...
De agora em diante,
Só os que me merecem, terão o melhor de mim e mais ninguém!
Deixe-me...
Deixe que eu delego os meus favores;
Cansei de dissabores,
Agora eu sei... 
Há palavras e sonhos, soltos, envoltos, dentro de mim! 
A propósito... Aceita um cafezinho?


Ana Soares



sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Esse cara sou eu


Esse Cara Sou Eu

O cara que está sempre ao seu lado,
Que admira a sua beleza,
Que às vezes chora por você,
Esse cara sou eu.

O cara que gosta de vê-la sempre sorrindo,
Que te entende quando está triste,
Que jamais cobrará uma atitude sua,
Esse cara sou eu.

O cara que te ama em segredo,
Que conta os segundos se você demora,
Que pensa em você toda hora,
Por você eu encaro o perigo,
Esse cara sou eu.

O cara que aguenta piadinhas para não te ver triste,
Que sofre calado quando te vê chorando,
Que escreve versos de amor pensando em você,
Esse cara sou eu.

O cara que diria o quanto te ama,
Que compraria flores pra você,
O herói esperado por toda mulher,
Que casaria com você,
Que sempre diz que você parece a Barbie,
Uma boneca e a princesa de seus sonhos,
Que te amará eternamente,
Esse cara sou eu.



Adriano Valentim de Oliveira
(Administração – FIRP)

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

A nossa mente, por vezes, mente!



Costumo dizer que uma mente cansada, pode assombrar a qualquer um...  
Laura seguia sua rotina, cansada, sem férias do trabalho há três anos, cursando o último ano da faculdade, mil projetos inacabados em sua cabeça.  Contudo, Laura acordava às 5h, percorria um caminho por 40min a pé, até pegar duas conduções, que a levava ao trabalho no centro de São Paulo.
No final da tarde, ela saía do trabalho, rumo à faculdade, e de lá, voltava para sua casa, ao sagrado sono dos justos, que não durava mais que quatro horas...
O fato é que do caminho percorrido da faculdade à sua casa, Laura passava todas as noites por uma viela, um lugar sombrio, devido ao horário e à quase ausência de luz.  
A sua rotina diária, somada ao desconforto causado pelo trajeto, rumo à sua casa, misturada com a ansiedade de voltar logo, ao sono dos justos, e o seu esgotamento físico, em um dado momento, veio a assombrá-la:  Era uma sexta-feira, foi um dia de trabalho intenso, um calor escaldante, apresentação de um trabalho, uma prova, e mil coisas fervilhavam num mesmo caldeirão (seu cérebro)... 
Laura saiu da faculdade, e fez o mesmo percurso de sempre, e na viela, sombria, devido ao horário e à quase ausência de luz, porém conhecida, ela vê ao longe um homem, totalmente de preto, agachado, feito uma estátua, como se estivesse preparado a dar o bote, vitimar alguém. Foram 15 minutos de terror e apreensão, seu coração palpitava...
Seria mesmo um homem de carne e osso, ou seria uma assombração?
Naquele momento, naquela circunstância, qualquer resposta certeira faria com que ela permanecesse naquele mesmo estado: assombrada.
A nossa mente, por vezes, mente, e nos assombra com a própria sombra, e não tão raro, pode nos aterrorizar com a sombra de um gigantesco saco de lixo, em cima de um muro baixo, residencial, numa viela, quase deserta, quase à meia-luz, quase à meia-noite!  Assombração? Não! O que nos assombra, muitas vezes, é a nossa própria mente! 
Depois deste episódio, Laura seguiu os seus dias de rotina, mais serena, sem se iludir, sem grandes expectativas diárias, e sem criar fantasma imaginário com saco de lixo preto, ou qualquer outra coisa do gênero. 
Hoje, ela acredita que os piores fantasmas podem nascer dentro de nossas mentes cansadas. 
Medo? Devemos temer os nossos pensamentos, o que alimentamos dentro de nossas mentes, fora isto, devemos ter medo é dos vivos! 
A assombração consiste nos pensamentos que alimentamos, pois uma vez alimentados, eles se materializam...          
 

Ana Soares
 

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

O lado bom de se viver...


O lado bom de se viver...


Tudo na vida acontece, quanto tem que acontecer...

Os acontecimentos desenrolam-se por si só! Alguns perdem o tempo de validade, simplesmente não acontecem, forçando-nos a perder o real interesse por eles, já outros, simplesmente cicatrizam-se!

O que é mais importante da vida, é que alguma coisa, sempre acontece.

Estamos sempre em movimento, ainda que estejamos parados, pois o tempo não para, e por não parar, tudo segue o seu fluxo, com ou sem a nossa permissão!

A vida segue e seguirá sempre, alheia à nossa vontade! Se os nossos desejos coincidissem sempre com a nossa realidade, tudo seria perfeito, e de tão perfeito, seria monótono, sem graça... Não sentiríamos o gosto da ousadia, e ser ousado, é também, saber viver!

O bom mesmo é ver a vida fluir, desenrolando-se, apagando dores, cicatrizando-se... Simplesmente acontecendo!

E o mundo gira... Este é o lado bom de se viver.




Ana Soares